domingo, 6 de dezembro de 2009

O Não vem do Sim

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Ás vezes a gente passa a vida com algumas convicções intuitivas e nunca descobre se aquilo realmente faz algum sentido para os outros. O fato é que estou aprendendo algo que sempre me fez refletir muito. É sobre o poder do Não positivo. Que fecha com a última postagem, a falta de espaço, a ausência, ou, dito de outra forma, a falta de NÃOs.
Para quem faz terapia, ou reflete sobre o que realmente importa na vida, esse é um tema sempre presente. Mas eu não tinha a idéia tão organizada sobre o assunto. 
Ainda estou na primeira metade do livro, mas já adorei a sua teoria, que diz que o segredo do NÃO é que ele só dá certo de verdade quando vem de um SIM  poderoso. Um sim que a gente diz pra nós mesmos, pra algo realmente importante e fundamental para nós.
Quando temos uma verdade primordial como causa maior da necessidade de dizer NÃO, fica tudo mais simples. A gente se sente com o direito de negar, se sente seguro. A outra pessoa, por sua vez, tem uma tendência muito maior de respeitar o seu Não. E no final, há uma grande chance de chegar ao um SIM. Que é o acordo positivo, ou a compreensão da sua decisão e até mesmo na não ruptura de uma relação, ou na ruptura sem raiva. O que é algo muito importante para todos os seres humanos. Ser amado, aceito, bla, bla...
Então andei pensando sobre todas as vezes que eu quis muito dizer NÃO e não falei. E em quantos SIMs poderosos eu tinha por trás das vezes que tive sucesso nos meus NÃOS. E sobre as vezes que segurei o NÃO justo para depois explodir cheia de ressentimento por algum outro motivo injusto, e em como isso foi destrutivo para mim e para a outra pessoa.
Também pensei nas vezes que simplesmente calei por medo de perder. Ou por não saber a forma certa de colocar o Não sem ofender, magoar e me sentir culpada.
Daí também pensei em tantas pessoas que conheço que são incapazes de dizer um NÃO bem dito (equilibrado, firme e tranquilo). Das pessoas que preferem calar e que deixam as relações irem se degradando aos poucos pelo ressentimento e dor que isso causa em quem engole seus próprios NÃOs e para aqule que convive com alguém que não assume seus prórpios limites. E de como é difícil depois de muito tempo se libertar dessa raiva. E como deve ser difícil imaginar, "como teria sido se eu tivesse ditos aqueles NÃOs que eu tanto precisava, que eram justos, que eram o respeito à minha grande verdade interior e eu não disse".
Foto: José Canelas

sábado, 28 de novembro de 2009

Eu mesma, o retorno

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Vou começar assim, pedindo desculpas.

Sim, porque carrego uma culpa imensa de tudo o quer não tenho conseguido fazer nestes últimos dois meses.

Acabei de ler no blog que temos eu, a Thaisa (minha irmã na itália) e mamis Evani, uma postagem da própria progenitora falando sobre culpa. E sobre a necessidade de ter leveza em aceitar nossos limites. E percebi que esse é o assunto que está me pegando. Então é perfeito para retornar ao blog.

Porque culpa é o tema do momento, mesmo. Parece que no final do ano é o "grande momento da culpa do mundo". E a hora do tudoquenãofiz e tudoqueaindaquerofazernesteano. Haja coragem para encarar a listinha. Começa no trabalho. E nós lidamos na Nova com a listinha da gente e também com a listinha de todos os clientes... E o pior é que a gente quer meeeesmo abraçar a listinha deles como se fosse a nossa própria lista. Daí... o que acontece?

Acontece que a listinha da mãe, da mulher, da amiga, da filha, do ser humano que tem necessidades básicas e fisiológicas acaba ficando em segundo plano, porque simplesmente o coração é graaande e o tempo é cuuurto.
Então, vamos às desculpas: desculpem filhos, afilhados, marido, mãe, irmã, cunhada, sogra, sogro, amigas...fisioterapeuta, dentista, massagista, psicóloga... pelas ausências, atrasos e silêncios.
Sinto muito mas não está dando.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Fotos na Decorare

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A história é longa... e antiga. No meu projeto de conclusão de curso produzi fotografias de nu feminino na paisagem fantástica do Canion Guartelá, de Irati/PR.
A idéia era apresentar o Canion, em um livro, onde entrariam fotos coloridas de registro da natureza (produzidas pelo meu colega Dilmércio Daleffe) e fotos preto e brancas dos mesmos locais, criando um paralelo entre realidade e imaginário. Entre fotojornalismo e foto arte.
Bem, o projeto foi feito. Levou uns 8 meses pra ser concluído. Naquela época, eu fotografei uns 10 rolos de filme, umas 360 fotos. Das quais foram selecionadas cerca de 30 para entrar no livro. Imaginem o trabalho, revelar, ampliar (tudo manual) e selecionar. No fim, o projeto foi um sucesso. Tiramos 9.8, se não me engano, porque um dos professores implicou com a metodologia científica da monografia.
É claro que o livro não o foi publicado, porque não encontramos patrocinador. E as fotos ficaram guardadas, encaixotadas por 13 anos!
Até que, semana passada, a Fernanda Moschetta, arquiteta, minha amiga, me perguntou se eu teria alguma foto para colocar no ambiente dela, na Decorare.
Vocês já imaginam o fim da história... Selecionamos seis dessas fotos e elas estão no Banheiro Público Masculino da Decorare. E eu estou muito feliz! Aqui, uma das fotos, que não está da Decorare, pra vocês sentirem a proposta.

sábado, 26 de setembro de 2009

Falando sobre a Luz

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Ontem tive um daqueles momentos que não quero esquecer nunca. Essas coisas que acontecem com quem a gente ama.
Retornando de uma palestra espírita, com o Pedro, entabulamos uma conversa sobre Deus. E a velha pergunta surgiu... onde Ele está então? O que é Ele? Foi lindo ver a teoria do Pedro. Muito surpreendente. Não vou expor o que ele me falou, porque ele pode não gostar.
Mas com essa pergunta tivemos uma conversa tão profunda na qual ficou mais claro pra mim em que acredito... e isso acaba fechando com o trecho do texto aí embaixo.
Quem sabe Deus esteja dentro de cada um de nós, como acreditam os budistas. Quem sabe ele seja uma luz, uma plenitude que está lá. E que se nos esforçarmos muito, muito, diante de todos os desafios que temos na nossa vida, iremos nos tornando mais sábios, mais equilibrados, mais amorosos e compreensivos.. e vamos cada vez mais alcançando essa nossa luz própria, esse Deus. E quando todos que nos cercam fizerem o mesmo movimento e também puderem acender sua luz, a gente faz um mundo melhor, um grande Deus coletivo.
Que delícia pensar assim.


Mudar ou revelar

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Depois de vários dias... sigo com o texto de Oriah. E agradeço a linda participação da Eliziane e a visita da Laís. Beijos...
Este, para mim, é um trecho desafiador. Porque eu sou aquela que carrega a bandeira da mudança. Não que eu consiga, é bom deixar claro, mas estou sempre na busca.
Daí, lendo isso, você para e pensa: e se o caminho da mudança, for encontrar dentro de mim a Rachel suficiente, completa, inteira? (...)


"Se não houver necessidade de mudar, de se transformar numa pessoa mais bondosa, mais presente, mais amorosa ou mais sábia?
Como isso afetaria todos os aspectos da sua vida em que você está sempre procurando ser melhor?


E se a tarefa for simplesmente desabrochar, se tornar quem você realmente é - uma pessoa meiga, bondosa, capaz de viver plenamente e de estar apaixonadamente presente?
Como isso afetaria a maneira como você se sente quando acorda de manhã?"

domingo, 13 de setembro de 2009

Segunda parte

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Vou insistir na mão dupla... então segue a segunda parte do prelúdio do livro.
Para mim, este trecho fala sobre o ponto justo, o exato, o agora. O estar presente. Quem sabe a melhor forma de oração seja conseguirmos ter o amor presente no que temos aqui e agora. A melhor receita de conexão, de felicidade e paz. E você, o que acha?

"E caso sua contribuição para o mundo e a conquista da sua felicidade não dependam da descoberta de um novo método de rezar ou de uma técnica de meditação mais adequada, nem de ler o livro certo ou comparecer ao seminário apropriado, e sim de você realmente ver e apreciar profundamente a si mesmo e ao mundo como eles são neste momento?
Como isso afetaria sua busca de crescimento espiritual?"

Foto: minha experiência de "conexão com o infinito". Na foto a Thaisa, junto no ar.

sábado, 12 de setembro de 2009

Reflexão em mão dupla

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Vou fazer uma "coza" (como diz a Lu).
Tem um livro que é muito especial pra mim: A Dança, de Oriah Mountain Dreamer. Fala sobre reconhecer, aceitar e acompanhar o ritmo do verdadeiro eu. Adoro recomedá-lo, pois acredito que uma das dificuldade da gente, é aceitar-se e querer ser profundamente verdadeiro. Ao invés de usar personagens e máscaras para ser amado e aceito.
Então, voltando pra coisa que vou fazer... vou publicar em pequenas pílulas as estrofes do prelúdio/poema que abre o livro. Que pra mim já já diz tanto e provoca tanta reflexão, que vale por um livro inteiro.
Daí pensei que você (sim, você!) poderia participar com palavras, frases ou textos sobre o que cada trecho causa em você. Assim a gente cria uma mão dupla e refletimos juntos sobre o quanto é lindo ser a gente mesmo. Topa a brincadeira? Vê lá, não me deixe na mão, senão vai ficar feio pra mim.
Então lá vai a primeira parte:

"E se, na verdade, não importa o que você faz e sim como você faz, seja lá o que for?
Como isso mudaria o que você decidiu fazer com sua vida?

E se você pudesse ser mais presente e ter uma atitude mais acolhedora com cada pessoa que encontrasse, se, em vez de estar fazendo um trabalho que achasse importante, estivesse trabalhando como caixa de uma pequena loja ou recepcionista de um estacionamento?
Como isso mudaria o modo como você quer passar seu precioso tempo neste planeta?"

domingo, 6 de setembro de 2009

Ética x Ponto de Vista

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Ética é um tema interessante para se falar. Nós, que tivemos uma educação firme, baseada nos "bons princípios" às vezes achamos que esse assunto não é pra gente se preocupar. Já que a ética está incutida em nossos atos - pessoas de bem, espiritualizados, esclarecidos que somos...
Não é bem assim. Mesmo. Às vezes surgem dúvidas. Principalmente porque tendemos a ver as coisas só pelo nosso ponto de vista. Essa armadilha é perigosíssima, pois é fácil usar fatos e sentimentos para justificar atitudes.
Para me ajudar nisso, uso a estratégia de inverter os papéis e analisar como seria, como eu julgaria a situação pelo outro ponto de vista.

Bem, quando temos um assunto batendo na cabeça, a gente tende a observar ao redor e ser mais críticos sobre a tal questão. Assim tem sido comigo, há uns 20 dias.
E a gente se surpreende. Algumas pessoas que não tem nada de agradáveis às vezes são as mais éticas. Aquelas que não são amistosas e nada se esforçam para conquistá-lo, podem ser impecavelmente corretas. E vice-versa. Até mesmo os amigos podem nos surpreender.

Então percebo que vale a pena insistir na educação das crianças. Porque eles estão sempre nos testando, propondo soluções simples, fáceis, sem a menor malícia ou maldade.. mas que são erradas. Simplesmente porque não são éticas. E a vontade que dá é de dizer: tudo bem, tudo bem, assim é mais simples. Mas se a gente é ético, sabemos que aquela atitude bobinha, inocente, é a construção da ética e da moral do futuro adulto. É o arquivinho que vai sendo construído, com dados que vão balizar as decisões no futuro.
Difícil? Sim. Cansativo? Sim. Ás vezes é um saco e a gente ouve: Lá vem a mãe com o blá, blá, blá dela. O fato é que não podemos, mesmo, tirar férias de ser pai/educador. Mas quando a gente vê a sementinha começando a dar frutos... que satisfação inexplicável, o peito estufa... hummmm.
Pra ajudar nisso, tenho uma dica de livro que lí há muito tempo: "Ética para meu filho", de Fernando Savater, que tem um texto tão agradável e acessível que dá até pra adolescente ler.


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Continua lindo

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Só pra registrar, o Rio está lindo. Do Leme ao Pontal, não há nada igual!
Algumas dicas para quem for pra lá:

- EMOCIONANTE o Cristo Redentor visto de pertinho, ou de longe, com sol ou com neblina (foto), onipresente em todos os cantos do Rio.

- IMPERDÍVEL o Jardim Botânico, para ir com tempo de curtir, caminhar, sentar e respirar fundo. Foi o primeiro do Brasil e é considerado patrimônio da humanidade.

- MEMORÁVEL um passeio pelo Forte de Copacabana, no horário do por do sol, com petit gateau gigante da Confeiraria Colombo, na mesas que ficam nas muralhas, assitindo à apresentação de um grupo de jazz ao ar livre, com a vista da orla de copacabana.

- DIVERTIDO o musical Hair Spray, com Celulari de mãe gorda, Daniele Winitz de loura burra e gostosa (porque será?), Arlete Sales, safada no estilo Copélia, Rodrigo de Faro, o bonito e uma gordinha fantástica e desconhecida como atriz principal. A direção é do Falabela.
- LINDO de visitar o Maracanã, dá pra entrar nos vestiários, sair pelo túnel e ir até o campo, além de subir nas arquibancadas.

- DELICIOSO comer pizza na Capricciosa e comer a mais deliciosa comida saudável do mundo no restaurante Celeiro (cheio de celebridades à paisana).

É tanta coisa legal, que outra hora conto mais.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Tempo, tempo, tempo

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É uma vergonha. Um mês sem postagens. Todo esse tempo com um tema pipocando na minha cabeça, um tema que fecha perfeitamente com a minha ausência do blog: ele próprio, o tempo. A necessidade de dar tempo ao tempo. A imporntância de não querer ter o controle do tempo. A percepção das coisas que só acontecem no tempo real, aquele que é livre e não "ocupado" por planos... A mágica de deixar acontecer, sem forçar um schedule.
Mas vai ficar na pauta. Pois não tenho tempo agora, estou saindo de viagem. Vamos à cidade maravilhosa, tentar equacionar os tempos... por um lado, cheios de programações e por outro, com o desafio de deixar o tempo fluir. Na volta conversamos.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Falando em arte

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Aí está uma demonstração de arte surpreendente. Será real? Parece ser. Fiquei impressionada. E um pouco enjoada também.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Arte na Vida

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Já não é de agora que descobri o quanto a arte é essencial na minha vida. É um caminho que me leva para dentro de mim e ao mesmo tempo para muito além de mim e das coisas da vida.
Sempre que tenho a oportunidade de trabalhar em algo relacionado à arte a minha satisfação é tão grande que já vale tudo. E é assim, quando a gente ama algo, acabamos atraindo pra perto da gente. Então, nesses 8 anos de NOVA, tenho trabalhado com muitos clientes artistas ou relacionados à arte. Que satisfação!
A última é a Galeria Casa+Arte, que reinaugurou há alguns dias e que está bombando! Eu estou realizada com o resultado do trabalho e também sou a maior divulgadora, pois é uma preciosidade o que tem lá para ser visto, apreciado, curtido.
Em agosto haverá um curso com o tema "Como entender uma obra de arte". Estão todos convidados, eu estarei lá, doida pra aprender. O blog da galeria é: www.casamaisarte.com.br
Como disse Goethe: "A arte é a transformação da alma".
Imagem: Óleo sobre tela de Sarro

domingo, 19 de julho de 2009

N1H1 - Eu fui!

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Pense em um cenário de guerra. Começou com o Pedro, na segunda-feira. Na terça, o Ricardo e na quarta a Luiza. E eu, que cuidei de todos e rezei a semana inteira pra não "pegar" a coisa, acabei caindo na sexta.
Como viemos a descobrir quando fomos ao médico, não é possível fazer o exame para confirmar se é a gripe A. Que ótimo, não? O diagnóstico é pelos sintomas. Isso significa que não é possível saber ao certo se há ou não casos aqui em Chapecó, por exemplo. Me parece que o sistema de saúde só admite que o vírus chegou a tal lugar, quando acontece alguma morte.
Mas como somos bombardeados o tempo todo pelos noticiários falando da gravidade da tal pandemia e seus sintomas, ficou bem claro para nós que se trata, sim, da famosa gripe.
Bem, a coisa é forte, abate pra valer, principalemtne pelas dores no corpo e febre. A Luiza e o Pedro passaram de 39,5 graus de febre. E aí vem choro, gemidos, delírios... seria cômico, se não fosse trágico.
No meio dessa confusão toda, tem uma coisa interessante: a preocupação em não transmitir para os outros. Isso é algo que em outros casos de gripe, também graves, nunca havíamos parado pra pensar. A gente toma uns analgésicos e vamos tocando as coisas, aos trancos e barrancos, mas vai. Dessa vez, com tanto alarde, paramos pra pensar na responsabilidade com os outros. Principalmente nos pequeninhos, que sofrem demais.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Bem vinda Betina!

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Fui hoje visitar a Betina, de 4 dias, filhinha da Cris.
Saí de lá com o coração explodindo de um sentimento maternal. Um misto de admiração e alegria pela Cris, que tanto sonhou, planejou e esperou por esse momento, e de um sentimento de gratidão à força superior, pela perfeição da vida. E me lembrei daquilo que a gente sente depois que tem um filho: "Estando eu pronta, ou não, tudo vai acontecer, tudo vai seguir seu fluxo".
E a verdade é essa. Tudo vai se encaixando nos seus lugares e a vida vai fluindo, plena, forte e mágica. E por mais que a gente se preocupe com fraldas, casacos e assepsias, eles crescem e se fortalecem mesmo com o nosso amor.
Nesse momento em que a vida surge da barriga e jorra dos seios, a gente vê o poder que temos em nós e também vemos que o mais importante independe de estarmos conscientes.
Depende mais de deixar fluir a natureza da vida.
Seja bem-vinda, cresca e seja feliz Betina, linda!

domingo, 5 de julho de 2009

Na busca por ser um inteiro

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"Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites, não podemos crescer emocionalmente.
Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades.

Para viver a dois, antes, é necessário ser um."
Fernando Pessoa

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sobre estar viva

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Estou vivendo um momento delicado. Muita mudança. Algumas perdas. Um momento daqueles em que a gente pensa: Poderia ser doloroso. Poderia ser escuro, pesado. Mas parece que a vida faz as coisas acontecerem em um ritmo que podemos dar um jeito de processar, tolerar, segurar a onda.
Meu avô, por exemplo. Segurou a onda por 40 e poucos dias depois que a vó partiu e... seguiu também o seu caminho. Então fiquei pensando no meu primo, Dani, que me falou neste dia: "Estava olhando para ele, triste, minha última despedida e, no mesmo instante, ouvi o Davi (sobrinho de 1 aninho) dar uma risada lá no fundo da igreja". Me contou que se emocionou por ver que no meio da dor, havia um bálsamo. Fiquei feliz por ele ter compartilhado comigo essa percepção. E passei algumas horas pensando nesse paradoxo, o da vida que se vai X a vida que inicia. Pode parecer piegas, mas é bom pensar que a vida sempre tem algo preparado pra gente. E que se a gente prestar atenção, junto com a dor sempre tem algo positivo, pra equilibrar as coisas.
Foto de Pedro Moreira. Título: Por sete mares.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Preciso me exibir

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Estou tão orgulhosa que preciso registrar. Esta semana estamos fazendo o lançamento do livro Chapatis e Dosas - Meus dias na Índia, de Stefânia Forner, jovem escritora chapoecoense.

O livro é um diário da experiência de Stefânia na Índia, que realizou trabalho voluntário em pesquisas com crianças que vivem na rua, durante 6 meses. Muito interessante, cheio de curiosidades.

Programamos uma semana inteira de palestras, em universidades, colégios, noite de autógrafos em livraria e um momento cultural em uma cafeteria. Tem sido muito bom observar o resultado de todo trabalho da minha equipe querida, da Nova, que abraçou o projeto com profissionalismo e amor. Muitos elogios ao layout do livro, à campanha de lançamento e também ao prefácio, que fui convidada a fazer e fiquei muito, muito orgulhosa por ter essa missão.
Por tudo isso e principalemtne porque o livro é muito interessante e gostoso de ler, recomendo a leitura. Está à venda na Livraria Educativa, em Chapecó, e pela internet pode ser encomendado atraés do blog do livro: http://www.meusdiasnaindia.com.br/

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Adolescência e madurescência

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Ando pensando nesta fase tão polêmica da vida que é a adolescência.
Um pouco por causa do Pedro, que está de fato entrando na "pré": a mente sempre viajando, os questionamentos cada vez maiores, a sensação de que ninguém o entende surgindo. Bate-boca, argumentos sem fim, duas ou três espinhas, ipod.
Uma oportunidade de relembrar a minha adolescência, perceber o quanto ficou lá no passado. Bom pra entender o que o Pedro vai começar a viver. E o que a minha mãe já passou!
Daí, outro dia, relembrando a fase com as minhas grandes companheiras reunidas, surgiu o registro das DBPs, 19 anos depois. E a Carine acaba de me enviar a foto ... uauuu, o tempo passa!
Eu tinha que postar! E se alguém me mandar uma foto das antigas, eu posto pra gente comparar e rir.
(na foto também tem a Mirtes, que não era da turma e falta a Cris)

sábado, 6 de junho de 2009

Generosidade faz diferença

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Tem uma revista que eu assino há uns três anos e adoro. A Vida Simples. Acho uma preciosidade, porque sempre me faz pensar no que realmente importa.
Tem uma matéria, na coluna do Eugênio Mussak do mês de maio, que é uma veradeira pérola. Ela fala sobre a generosiadade e a importância que as pessoas generosas têm neste mundo individualista. Vou transcrever dois trechos, mas recomendo a matéria inteira.
"Ser generoso é estar disponível. Ter disposição para dar de si para quem não tem e está precisando mais do que ele. O generoso não compartilha o que está sobrando, reparte o que tem , sua melhor parte. Tira de si para dar ao outro, e por isso às vezes é acusado de ser bobo ou imprevidente. Mas não é, acredite. Ele age assim porque é de sua natureza".
...
"Pessoas gfenerosas fazem bem ao planeta, pois têm a consciência de que tudo esté ligado a tudo e que todas as nossas ações repercutem no mundo, nas pessoas e em nós mesmos. Pessoas generosas são altamente necessárias ao equilíbrio da natureza e da humanidade. As pessoas generosas seguram o pau da barraca da humanidade, que abriga inclusive aquelas que tentam atear fogo na lona".
Um obrigada a tantos generosos que tenho ao meu redor, especialmente minha mãe e também ao meu pai, não mais aqui, mas presente nos exemplos.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Amizade, by Cris

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Recebi da Cristiane, minha querida amiga gravidinha do momento. E achei que merece ser publicado. É isso mesmo, Cris. É assim que eu sinto, também.
"Quando eu era pequena, acreditava no conceito de uma melhor amiga...Agora como mulher, descobri que, se você permitir que seu coração se abra,você encontrará o melhor em muitas amigas.
É preciso de uma amiga quando você está com problemas com seu amor. É preciso de outra amiga quando você está com problemas com sua mãe ou com a sua família. Uma outra quando você quer fazer compras, compartilhar, curar, ferir,brincar ou apenas ser.Uma amiga dirá "vamos orar", uma outra "vamos chorar", outra "vamos lutar"ou "vamos fugir”.Uma amiga atenderá às suas necessidades espirituais, uma outra à sua loucura por sapatos, uma outra à sua paixão por filmes, outra estará com você em seus períodos confusos, outra será a luz e uma outra será o vento sob suas asas. Mas onde quer que ela se encaixe em sua vida, independente da ocasião, do dia ou de quando você precisa, seja com seus tênis e cabelos presos, ou para impedir que você faça uma loucura... Todas essas são suas melhores amigas.
...
E hoje, olho ao meu redor e vejo em cada amiga um pouco de mim mesma... Tem aquela que me ajuda a perseverar no meu crescimento espiritual, tem a outra que finge ser uma fortaleza, mas tem o encanto e a delicadeza, tem aprática na qual me inspiro meu dia-a-dia, tem a zen que me ajuda aencontrar meu equilíbrio, tem a que fala na lata e me põe no prumo, tem a ríspida que me faz enxergar o meu excesso de frescura, e tem todas as outras das quais morro de saudades, porque são minhas irmãs do coração, que fizeram parte do meu dia a dia e as tornaram melhores e cuja lembrança ainda me faz sentir melhor"...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Pausa para a saudade

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Bem, meu sumiço nestes dias tem um motivo triste. E só agora consigo escrever sobre isso:
A partida da minha avó desta vida.
Tudo aconteceu rápido, inesperado, mas não tão depressa que não tenha dado tempo para os protocolos do coração: Susto, medo, expectativa, tristeza, despedida, sofrimento, orgulho, ressaca, nostalgia.
Neste processo me dei conta de que ela foi para mim uma referência à distância, de força, alegria, suavidade, energia positiva, dedicação, doação e simplicidade.

Ela teve o Dia das Mães para se despedir dos filhos e netos. E então partiu, suavemente.
Deixou uma família de pessoas nobres, pacíficas e verdadeiras. Não poderia haver mais lindo legado.
Obrigada, vó.

terça-feira, 5 de maio de 2009

As bagagens dos pequenos

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Estava pensando que tem tantas coisas legais pra falar da viagem, que vou transformar o que considero o mais importante em dicas, pra quem quiser aproveitar ou apenas conhecer as minhas descobertas ou mancadas. Vamos lá, então:

DICA 1: Malas estourando
Essa é especial para todas as amigas que são mães. Porque eu já me considero descolada com a minha mala, sempre muito objetiva, com tênis, casaquinhos e coisas básicas pra facilitar. Mas como mãe de uma menina que nem completou 2 anos, eu entrei em pânico... Lembram que falei de tuuuudo o que eu tive que arrumar para a Luiza? Pois então, metade daquilo eu não usei. Então, não exagerem nas bagagens. A gente quer dar uma de precavida, pronta pra tudo e na verdade lá na hora acaba ficando tudo mais simples do que a gente imagina. Dá, sim, pra levar só um casaco de nylon, dá pra eles usarem denovo a mesma roupinha, dá pra comprar coisinhas que possam faltar, o que é muito mais divertido e você vai querer que eles usem no mesmo dia, de preferência.
Agora, uma coisa que foi ótima: levar as papinhas. Porque lá encontrei umas marcas diferentes, com um gosto terrível que a Lu odiou e não comeu. Sorte ter levado. (sabedoria da sogra, que valeu!)
Cheguei à conclusão de que podia ter levado a metade de roupas pra ela. E os brinquedos também, já levei pouquinho, mas dava pra ser menos ainda, porque a gente sempre acaba comprando alguma coisinha, faz parte da diversão, e é claro que eles vão preferir as novidades.
Então, amigas, não se estressem muito com isso.
Outra coisa: os maridos reclamam bastante, mas eu insisto, depois eles vão concordar: levem uma bolsinha bem pequena, de mão, onde caiba papinha, bolachas, água, guradanapos de papel, lápis e papel, um brinquedinho pequeno, fralda e lenços umedecidos. É muito útil, no aeroporto, no avião e passeios, pois a gente carrega na mão o tempo todo e fica fácil e prático. Daí a mochila com o kit de sobrevivência completo, que acaba sendo um trambolho, fica guardada no carrinho ou no bagageiro.
E pra finalizar: nunca viaje sem carrinho. Nem que a criança tenha 5 anos. Pelo amor de Deus, é a salvação de toda a família, para a criança descansar enquanto a gente faz centenas de quilômetros, ou enquanto esperamos o vôo no aeroporto, ou quando a gente faz as comprinhas básicas e quer se livrar das sacolas!!
Ah, mais uma coisa! Viajar com as crianças é o máximo! Tenham coragem e encarem, vale a pena cada minuto. É emocionante dividir as coisas com eles.


Meu mundo

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Eu poderia contar muitas coisas sobre esses 10 dias de viagem. Mas hoje vou fazer diferente. Vou contar o quanto me faz feliz voltar pra casa. Viajar é uma das coisas mais maravilhosas de se fazer na vida, na minha opinião. Mas voltar para casa da gente, pro espaço que a gente tem no mundo, que é só nosso, faz tanto bem ao coração!
No retorno a gente percebe como tem sentido a história de ter a nossa casinha, com a nossa cara, nosso quarto, nossas coisinhas, nosso sofá, nosso programa de TV preferido, nosso jeito de fazer café e passar manteiga no pão... Será que isso é mania de quem tá ficando velha?
Acho que não. Acho que isso é o nosso referencial, nosso ponto de partida e chegada, nossa segurança materializada.
Isso sem falar em voltar para nossa turma, nossas pessoas amadas... que saudade dos meus rituais, meu chimarrão com as "gurias" e dos papos com a minha mãe. Que saudades das meninas da Nova, da vibração do meu trabalho.
Gente, acabo de retornar de lugares do mundo que são um sonho (outra hora vou contar sobre eles) e estou amando relembrar como me sinto bem no meu lugar no mundo.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Hello everybody!

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Gente, estou postando aqui da loja da Apple, em plena Quinta Avenida, em frente ao Central Park, que emocao, que tal? (sorry, mas o Mac Book que estou usando nao tem os acentos configurados)
A cidade e o maximo, of course. Mas o que tem me impressionado e confirmar o quanto a gente esta num mundo que e, na verdade, muito pequeno. Todos se cruzam aqui. Inclusive uma turma de chapeconses que encontramos ja no aviao. A globalizacao fez com que a gente se sinta em casa tao longe de casa. Ha 10 anos era uma coisa surpreendente pra mim os mega edificios, as mega lojas tematicas, as comidas tipicas. Agora a gente encontra tudo em tantos lugares, nao e?
Entao fico pensando que a diferenca entre os mentecaptos que viajam pelo mundo e as pessoas que sao verdadeiros cidadaos do mundo esta na mente, na atitude. Acho que o mais lindo e ser capaz de ver a beleza real de cada cultura, observa-la, curtir, experimentar, mimetizar-se.
Bom, gente, la vou eu again. Beijos!

domingo, 19 de abril de 2009

Stress x malas feitas

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Yesss! As malas estão prontas, vamos viajar. Essa é, sem dúvida, a coisa que eu mais adoro fazer na vida. Saímos na terça de noite do Brasil direto pra Big Apple, que eu não conheço.
Confesso que há umas duas semanas eu estava muito empolgada, com tantas coisas que há pra conhecer, aprender, observar. Só a região de Manhattan onde estão os museus e o Central Park já valem a viagem. E tem o Cirque du Soleil: um sonho de anos. E tem a Broadway: um sonho de infância, de quem era vidrada na Sessão da Tarde. Pra voltar no tempo mesmo, vamos lá assitir Mary Poppins. Sim, porque tem crianças no programa. Eu adorei, viro criança fácil, fácil.
Pois então, acontece que foi uma doideira tão grande conseguir terminar todo o trampo da Nova, pra poder sair estes 10 dias... Que acabei deixando de curtir. To me sentindo acabada, mesmo!
E hoje, então? Organizar as bagagens, incluindo brinquedos, fraldas, papinhas, mamadeiras e roupas de frio de 6 graus e calor de 25 para uma criança de 1,8 anos, o kit de outro de 10 anos e mais o meu próprio kit, claro. (Só sabe o quanto é estressante quem é mãe, mesmo). Fora esses fatos, que nesse momento ainda estão bem presentes no meu estômago e na minha coluna, tenho uma vaga certeza de que vai ser o máximo conhecer a cidade que é o coração dos EUA, e que já foi do mundo (ou ainda é? depois das últimas, tô na dúvida)
Ah, Nova York é também a cidade de quem adora Sex and the City.
Falando nisso, olha a dica: a Marcela Fehrenbach, minha colega, me passou um site na internet que tem todos os endereços onde o seriado foi filmado. Todos os bares, restaurantes, ruas, edifícios, etc, etc. Achei super interessante, pois a gente pode ir conferir de perto aqueles lugares fantásticos. Outra hora eu coloco o endereço.
Bem, espero que a adrenalina da correria baixe logo e que eu possa começar a curtir cada minuto. Depois, lá nas montanhas russas da Disney, vou fazer o que a Eliziane me aconselhou: gritar muito e colocar tudo pra fora. O Mikey que me aguarde!
Vou tentar postal algo dos "states", mas se não der, até a volta!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Que venham os chocolates!

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Então veio a Páscoa e foi-se ela...
Além dos chocolates, ficou para mim um sentimento forte: de que rituais e datas são, mesmo, importantes para os seres humanos. Porque, por algum motivo, a gente espera esses momentos para reunir as famílias, abraçar os queridos, presentear os amores...
Que coisa, heim?
Alguém poderia dizer que está errado, que devemos fazer isso sempre, constantemente... mas na "vida real" não rola. A gente passa. Vai passando por cima daquele desejo de fazer uma demonstração de amor, deixa pra outra hora aquele telefonema pra mandar um beijo, pra dizer que se importa. A gente se foca naquilo que deve ser feito, cumprido, executado. E acabamos fazendo se perder o sentido.
Então que venham as datas, os rituais, para que possamos parar e lembrar do carinho, do encontro, do sentido.
Se Páscoa é renascimento, vamos pensar sobre esse assunto. Cristãos ou não, vale refletir.
Se Páscoa é chocolate, ótimo!! Vamos colocar doçura na vida da gente e dos que amamos. Quem não quer? É tãaaao bom!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Vale a pena?

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Tenho ouvido muita gente se perguntando por aí: vale a pena todo o esforço para ter uma vida ao estilo tradicional (filhos, casamento, trabalho), ou a gente deve optar? Eu tenho a minha opinião muito formada sobre isso. E nem acredito que tenha de fato tanta gente por aí pensando o contrário.

Gente, pra começar, relacionamento do tipo viver juntos é a maior provação da nossa existência. É a nossa grande chance de aprender de verdade. Ser uma pessoa melhor está ligado a colocar-se no lugar do outro, tolerar, amar, doar-se, impor limites, respeitar, compartilhar, negociar, aprender a ser feliz com o que a vida nos dá e também perceber que uma história acabou. Tudo isso é estar vivo de verdade. É pra gente fazer algo de bom com esta existência. Difícil? Desafio? Yes. Assim tem mais graça.
Sobre o trabalho, acho que é ele que tem que dar sentido ao nosso dia-a-dia. Tem que nos proporcionar prazer, conquistas, desafios. Mas acima disso tem que dar aquele gostinho de que você tem alguma utilidade para o mundo e que você é bom em alguma coisa, qualquer que seja ela.
E pra concluir, só acho que viver sem ter um filho (de sangue ou não) é passar pela vida fazendo turismo. É não criar raízes, não se expandir, não se abrir para o aprendizado gigantesco, transformador e absurdamente lindo. E por isso é um egoísmo cego, surdo e mudo, pois te foca na pseudo-segurança da vidinha tranquila e controlada e acaba te tirando a possibilidade de sentir o verdadeiro amor e a verdadeira felicidade.
Pode até haver a melhor época, a melhor situação, mas sem essa de hora certa! Sempre será um grande ponto de interrrogação.
É por isso que vale a pena.
Daí eu pergunto, se tudo isso é tão importante... como viver sem um desses pedaços? Não dá, não. A gente dá um jeitinho e encaixa tudo. Porque daí, quando um dá tilt, uma zica, a gente tem os outros pra se animar!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Retorno & obrigadas

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Nossa, que feio. Faz mais de 15 dias que não escrevo.. será que isso significa que não ando muito impressionada?
Pensando bem, até daria para retornar ao primeiro post, mulheres cansadas. São tantas coisas, tantas peças que precisam de espaços para se encaixar, que volta e meia sinto o velho cansaço.
E aí me vem uma idéia de outro post... vale a pena? Filhos, casa, marido, trabalho, ballet, terapia, meditação e aprender a tocar bongô (mais essa, agora!)
.......
Ah, queria registrar duas coisas muito importantes: estou amando a participação de todos que deixaram seu post aqui. Por favor, escrevam sempre, são como presentes pra mim.
E no meu aniver, então? Tantas palavras lindas que me fizeram chorar.
Também quero dizer a todos amigos que os abraços, as palavras e a visita de vocês foi muito especial, dava pra sentir a vibração positiva. Amei, obrigada! A foto é pra lembrar.

domingo, 15 de março de 2009

Eu por elas

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34 anos. 16/03. Pensei em escrever um perfil. Mas por que não um perfil em fotos? Fotos de coisinhas que são Rachel. Coisas que são parte do que sou. Então vamos ver como fica isso.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Prazeres possíveis

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Viajar a dois. Ir ao cinema. Ter tempo e silêncio para poder contemplar as coisas simples e deliciosas que a gente gosta... e merece! São prazeres pequenos, que dá pra se permitir e que valem muuito. Assim foi nosso pulinho em Sampa, domingo passado.
Quero deixar a dica de uma experiência que você precisa viver: assistir a um filme bem legal (Frost/Nixon, é muito bom) no Cinemark Vip do Shopping Cidade Jardim de São Paulo. Gente, o que é aquilo?!! Tá, eu explico: essa sala de cinema vip tem poltronas inenarráveis (hehe) de couro, com mesinha, apoio para os pés, dá pra tirar o braço e vira um sofá para namorar!!! o bar tem produtos extra-especiais, como pipoca saborizada com azeites variados, castanhas, comidinhas mil...etc... e nem preciso falar da imagem e do som... Eu e o Ricardo amamos.
O shopping é uma aula de marketing e arquitetura, com direito ao verde das árvores no espaço - Se for lá, não perca a livraria ... eu me deleitei, perdi a noção do tempo.. pra quem é obsecada por livrarias como eu, tem que reservar umas 2 horas só pra ficar lá dentro.. é imensa, linda, maravilhosa, cheia de espaços aconchegantes pra ficar folheando, lendo.. curtindo. E, claro que tem um café que é tudo de bom dentro (a foto é de um momento deleite, no café). Saí de lá ultra-inspirada... a minha Canon que me aguarde!
Outra dica bem legal: Assistir a peça O Retorno de Irma Vap, com o Marcelo Médici e o Cássio Scapin, dirigidos pela Marília Pera. Perfeitos.
Eu amo ir pra São Paulo! Lá tem tudo... Tem a Oca, a Pinacoteca, o MAM, os restaurantes, a Paulista e até o Tietê que é feio e fede mas é São Paulo, oras!
PS: Obrigada aos avós queridos que pra variar deram toda retaguarda em Chapecó e também ao Pedro, que é um cara muito, muito legal e sempre colabora nesses momentos e até cuida da mana. bjinho.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Pedro e seu violão

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Estou atrasada para comentar esta novidade: o meu filho, lindo, lindo, está aprendendo violão!! Sim, lá em casa estamos no clima de realizar sonhos... uma loucuuura!
Então ficamos assim: de um lado o Pedro com o violão e de outro o Ricardo com o sax. Só me resta dançar, dançar e dançar... enquanto a Lu me acompanha, aplaude e fala vivas! Que coisa boa.

Pedro, te amo, vai fundo que eu já sou tua fã!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Bailarina, eu?

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Hoje eu só queria registrar a minha alegria com as aulas de dança.
Sim, depois de 20 anos decidi voltar ao ballet, que tanto me apaixonou na infância e adolescência.
(Tudo bem! pode rir, já foram tantas reações diferentes a essa notícia.. fique à vontade!)
Pois então, sabe aquele sentimento de conexão? aquela sensação de que um botãozinho dentro de você é acionado e um pedaço volta à vida, como se sempre tivesse estado lá mas você não tinha se dado conta? É quase um dejavu, mas somado com o sentimento de prazer. Dá vontade de sorrir e respirar fundo.. foi assim que me senti na primeira aula ("do resto da minha vida" hahaha).
A musiquinha suave, doce, do piano e os exercícios na barra me trouxeram um sentimento de volta à casa... e a mente, racionalizando tudo, sem parar, já vinha dizendo: "o que é que eu estou fazendo aqui?" E daí denovo aquele sentimento de prazer, leveza, vontade de reaprender tudo denovo, rápido, para poder acompanhar.
Bem, busquei o ballet pois desejava voltar para as coisas que acho lindas, tinha muita vontade de fazer isso há alguns anos e percebia isso quando ia assistir as apresetações de dança e me emocionava demais... Daí no ano passado a Luiza foi junto e ficou tão vidrada em tudo, dançando no meu colo enquanto aplaudia e pedia mais, mais.. que pensei... daqui a pouco será ela se apresentando...e quando me peguei fazendo planos pra ela, logo me veio um pensamento: opa! mas não quero que ela faça isso para a minha realização. Se sou eu que olhando a dança tenho saudades de dançar, não posso transferir para ela esse desejo meu...
Vamos lá, então. Eu me resolvo e depois a Lu vai ver se gosta e se deseja isso, assim é mais saudável, né!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Sapos que viram nódulos

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Quem assistiu ao Saia Justa ontem, no GNT, deve ter ficado tão preocupada quanto eu. É o seguinte: as mulheres que tem o hábito de engolir sapos são aquelas que desenvolvem câncer de mama. (!!!!) A questão, que a Márcia Tiburi trouxe não é novidade, eu já tinha lido e ouvido falar nisso. Mas reforçou o meu temor de que seja real. (A informação foi repassada para a Márcia por uma doutora gaúcha, autoridade na área.)
O que me surpeendeu foi saber que esse processo tem muito a ver com os aspectos culturais e que aqui no Sul a incidência é maior que em outras regiões do país.
Como solução, a médica afirma que temos que estimular as mulheres a serem mais ruizinhas, mais brabas, a tolerar menos. Vejam, isso não é algo simples de se dizer... porque a nossa cultura ensina mesmo a sermos boazinhas, dóceis, tolerantes. Comportamentos que, sabemos, podem acabar se tranformando em depressões, gastrites, labirintites, tristeza e apatia crônicas.
Sabe por que? Pois não é da natureza de nenhum ser humano tolerar tudo, permitir ser invadido, criticado, pisado sem reagir. E toda não reação no caso de uma agressão desse tipo vai virar um sapão daqueles venenosos que se a gente engolir se transformam em um problema interno...
Pra fechar, gostei muito da sugestão da Mônica Waldvogel, sempre equilibrada, de que a gente elabore o nosso menu pessoal de sapos possíveis de serem engolidos. Porque, claro, não dá pra ter vida sem sapos ao redor. O negócio é se conhcere o suficiente para ter claro aqueles que são toleráveis, que passam sem destruírem você por dentro e os que são do tipo que quando engolidos ficam entalados, pois ferem aquilo que você É e acredita e te fazem adoecer aos pouquinhos.
Desafio, heim??

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Música em casa

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Então, o Ricardo está fazendo aulas de sax. É um sonho antigo, que ele está se permitindo realizar. E o mais legal é que as aulas são em casa... e os estudos também. Eu tenho acompanhado de perto, e estou amando essa novidade. Além do fato de vê-lo se deliciando com a descoberta e se colocando na humilde posição de aprendiz - o que já é lindo - estou encantada em perceber como essa atividade está trazendo um astral novo para o ambiente. A gente fica em volta, curtindo cada conquista, cada notinha que ele acerta.
Os olhos do Pedro brilham e vejo ele se surpreender com o pai - aquele cara que sabe tudo - na condição de quem tem muito a aprender. Mostrando que não tem hora pra começar algo novo, ou para fazer algo simplesmente por prazer.
É impressionante sentir o poder da música. Ela agrega as pessoas, eleva a vibração do ambiente, traz sorrisos nas bocas e brilho nos olhares.
E entre um dó-ré-mi-fá - fáfá... lá vem a Lu, denovo... ela levanta, roda o vestidinho, e grita: "viva papai, palmaaaa" e bate palminhas. Joga beijo pra ele como se ele fosse o maior astro. Eu me pergunto o que essa figurinha de ano e meio entende.. e daí eu me respondo... essa liguagem é muito mais comunicação do que discursos, falas, ladainhas. E mais uma vez eu me lembro que é vivendo que a gente realmente serve de exemplo e ensina.
Então, palmas pro Ricardo!!!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Pertinho de Deus

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Hoje estive na chácara, aquele lugar que fica fora da vibração da ansiedade... um lugar que você poderia chamar de "ambiente típico interiorano, onde um caboclo chamado Zé cria galinhas, cuida das ovelhas e fuma seu palheiro".
Tá, mas para mim este lugar mais parece um éden. A típica imagem de paraíso, com acréscimo de elementos cênicos como patinhos, marrecos, ovelhas, passarinhos, corujinhas, árvores e muito verde.
A gente respira aquele ar cheeeeio de verde e parece que o pulmão simplesmente ressuscita! A gente deita no chão e olha para o céu, vê aquelas árvores enormes e parece que a visão ganha um super-poder. Depois de um tempo, as batidas do coração vão voltando para o ritmo normal... e dá pra sentir que tenho uma ligação profunda com tudo aquilo, que as minhas células reconhecem esse ambiente como o estado natural, o verdadeiro, a pura energia...
E o cérebro só consegue repetir um mantra: "Que bom, que bom, que bom".
Aí eu fico querendo gravar aquela cena final das ovelhinhas saindo do pasto em fila, enquanto o sol se põe em meio às árvores e deixa alguns raios dourados escaparem sobre o lago. E não consigo parar de pensar em como é lindo. Daí eu olho pro lado e... lá está a Luiza, no alto dos seus ano e meio, apontando para a cena e dizendo: "mamãe, ovela.. mééé".
Hummm, sinto que hoje eu estive bem pertinho de Deus.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Para dentro

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O que move uma pessoa a se retirar da sua vida, do seu cotidiano, da presença dos filhos e pessoas queridas para buscar um final de semana de isolamento, reflexão e silêncio?
No meu caso, o motivo foi o desejo de me reencontrar com aquela pessoa que eu sou de verdade enquanto a Rachel corre por aí atrás ou à frente das pessoas, das coisas que chamam, que urgem, que não podem esperar.
Então... Saí do meu "Mundo" e, ironicamente, o que encontrei foi o "Meu" mundo. Passei três dias refletindo, limpando, me permitindo caminhar no meu ritmo, com os passos lentos e serenos. Me permiti a entrega para mim e para o outro, a doação da minha energia, do meu olhar e da aceitação do outro. Vivi a experiência de receber em troca esse amor e aceitação. E me senti viva, plena e reabastecida. Percebi, aliviada, que a luz que buscamos está dentro e que só precisamos abrir o coração e deixá-la brilhar.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mulheres Cansadas

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Já pensou no que é ser mulher? Assim, fora preconceitos bobos de machismos e feminismos, vamos falar bem da real: a gente tem que ser bem mais. Todos esperam muito mais da gente e nós nos cobramos tantoooo.
Você não sente essa pressão? Às vezes ela é tão grande, que dá até preguiça de sair da cama de manhã. E não adianta dizer que hoje as coisas mudaram... todo mundo que é jovem e se diz moderno fala assim: homem tem que dividir, tem as mesmas responsabilidades, mas, mas... na prática acontece uma expectativa diferente... porque tem uma cultura velada que ainda sobrevive de que o lar é assunto feminino... os filhos são assuntos femininos... beleza é assunto feminino (fora os metrosexuais italianos, né Thaisa!)...
E daí vêm também outros assuntos, porque se espera das mulheres que elas sejam profissionais, que assumam sua parte no sustento da famíla... e isso implica em jornada de trabalho, em 8, 10 horas de dedicação a menos... implica em chegar em casa e querer deitar no sofá... essas coisas basiquinhas que de repente se tornam grandes luxos.
Bom, estou caindo no mesmo bla, bla de sempre. Mas o fato é que estamos aqui, mulheres modernas, jovens, inteligentes e todas com quem eu converso, na mesma situação de completo e absoluto cansaço!!!
Porque o mundo cobra planejamento, eficiência, eficácia. E a nossa mente cobra sucesso, realização, satisfação por aquilo que nos propomos a fazer e realizamos... daí vem a frustraçãoooooo. Porque a gente simplesmente não dá conta de tudo!!
Alguém aí tem alguma sugestão?

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Para Começar

1 comentários
Olá!
Aqui está o espaço que há muito tempo estava querendo criar.
Um lugar para registrar as minhas impressões. Do passarinho que surgiu no muro de casa ao assunto urgente que exige um comentário... a idéia é expressar impressões.
Quem sabe assim, compartilhando com você, consigo acalmar e dar sentido à erupção de pensamentos que borbulham sem parar na mente: as idéias malucas, as coisas bobas e simples que gosto de observar; as imagens que resultam desse olhar para o cotidiano.

Seja bemvindo! E, por favor, deixe sua participação para que tudo isso possa fazer sentido!
 

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