Há alguns anos, a minha cunhada, toda feliz, me entregou um presente que chegou em um momento perfeito. Me fez bem. Ela me contou o elogio que eu havia recebido de uma conhecida, uma pessoa bem distante do meu convívio. Me causou surpresa e me deixou tão animada! Então comentei com ela que é uma pena que as pessoas guardem pra si esse tipo de impressão. Que muitas vezes as pessoas não ficam sabendo disso, nem imaginam que são motivo de admiração, carinho, enfim.
Desde então fui formatando minha opinião sobre essa questão.
Penso que esta é a base da generosidade. Porque quando gostamos, amamos, admiramos ou temos uma opinião positiva sobre alguém isso pertence a essa pessoa. Se o sentimento gerado foi motivado pela pessoa ou por sua ação, ele deixa de ser de quem sente e passa a pertencer a quem despertou e conquistou o direito sobre esse sentimento.
E o que temos que fazer é simples: DAR. Entregar ao outro. Deixar que ele saiba. Presenteá-lo com essa boa impressão, essa dádiva. Isso pode mudar o seu dia, a sua vida!
E isso vale em tudo. No trabalho, no amor, na família, nas amizades e entre desconhecidos.
Um exercício ótimo é elogiar um desconhecido. Porque é o elogio mais verdadeiro e gratuito que existe.
Mas eu não falo só de elogio, falo de amor. Falo de entregar o que é do outro.
Se você ama, entregue seu sentimento ao outro. Não guarde como uma jóia do seu tesouro pessoal, que você só usa em ocasiões muuuito raras, ou como instrumento de barganha. Esse tesouro não é nosso, é do outro. E quando entregamos ao outro iniciamos um ciclo retro-alimentável e infinito de energias positivas.