sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Bailarina, eu?

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Hoje eu só queria registrar a minha alegria com as aulas de dança.
Sim, depois de 20 anos decidi voltar ao ballet, que tanto me apaixonou na infância e adolescência.
(Tudo bem! pode rir, já foram tantas reações diferentes a essa notícia.. fique à vontade!)
Pois então, sabe aquele sentimento de conexão? aquela sensação de que um botãozinho dentro de você é acionado e um pedaço volta à vida, como se sempre tivesse estado lá mas você não tinha se dado conta? É quase um dejavu, mas somado com o sentimento de prazer. Dá vontade de sorrir e respirar fundo.. foi assim que me senti na primeira aula ("do resto da minha vida" hahaha).
A musiquinha suave, doce, do piano e os exercícios na barra me trouxeram um sentimento de volta à casa... e a mente, racionalizando tudo, sem parar, já vinha dizendo: "o que é que eu estou fazendo aqui?" E daí denovo aquele sentimento de prazer, leveza, vontade de reaprender tudo denovo, rápido, para poder acompanhar.
Bem, busquei o ballet pois desejava voltar para as coisas que acho lindas, tinha muita vontade de fazer isso há alguns anos e percebia isso quando ia assistir as apresetações de dança e me emocionava demais... Daí no ano passado a Luiza foi junto e ficou tão vidrada em tudo, dançando no meu colo enquanto aplaudia e pedia mais, mais.. que pensei... daqui a pouco será ela se apresentando...e quando me peguei fazendo planos pra ela, logo me veio um pensamento: opa! mas não quero que ela faça isso para a minha realização. Se sou eu que olhando a dança tenho saudades de dançar, não posso transferir para ela esse desejo meu...
Vamos lá, então. Eu me resolvo e depois a Lu vai ver se gosta e se deseja isso, assim é mais saudável, né!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Sapos que viram nódulos

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Quem assistiu ao Saia Justa ontem, no GNT, deve ter ficado tão preocupada quanto eu. É o seguinte: as mulheres que tem o hábito de engolir sapos são aquelas que desenvolvem câncer de mama. (!!!!) A questão, que a Márcia Tiburi trouxe não é novidade, eu já tinha lido e ouvido falar nisso. Mas reforçou o meu temor de que seja real. (A informação foi repassada para a Márcia por uma doutora gaúcha, autoridade na área.)
O que me surpeendeu foi saber que esse processo tem muito a ver com os aspectos culturais e que aqui no Sul a incidência é maior que em outras regiões do país.
Como solução, a médica afirma que temos que estimular as mulheres a serem mais ruizinhas, mais brabas, a tolerar menos. Vejam, isso não é algo simples de se dizer... porque a nossa cultura ensina mesmo a sermos boazinhas, dóceis, tolerantes. Comportamentos que, sabemos, podem acabar se tranformando em depressões, gastrites, labirintites, tristeza e apatia crônicas.
Sabe por que? Pois não é da natureza de nenhum ser humano tolerar tudo, permitir ser invadido, criticado, pisado sem reagir. E toda não reação no caso de uma agressão desse tipo vai virar um sapão daqueles venenosos que se a gente engolir se transformam em um problema interno...
Pra fechar, gostei muito da sugestão da Mônica Waldvogel, sempre equilibrada, de que a gente elabore o nosso menu pessoal de sapos possíveis de serem engolidos. Porque, claro, não dá pra ter vida sem sapos ao redor. O negócio é se conhcere o suficiente para ter claro aqueles que são toleráveis, que passam sem destruírem você por dentro e os que são do tipo que quando engolidos ficam entalados, pois ferem aquilo que você É e acredita e te fazem adoecer aos pouquinhos.
Desafio, heim??

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Música em casa

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Então, o Ricardo está fazendo aulas de sax. É um sonho antigo, que ele está se permitindo realizar. E o mais legal é que as aulas são em casa... e os estudos também. Eu tenho acompanhado de perto, e estou amando essa novidade. Além do fato de vê-lo se deliciando com a descoberta e se colocando na humilde posição de aprendiz - o que já é lindo - estou encantada em perceber como essa atividade está trazendo um astral novo para o ambiente. A gente fica em volta, curtindo cada conquista, cada notinha que ele acerta.
Os olhos do Pedro brilham e vejo ele se surpreender com o pai - aquele cara que sabe tudo - na condição de quem tem muito a aprender. Mostrando que não tem hora pra começar algo novo, ou para fazer algo simplesmente por prazer.
É impressionante sentir o poder da música. Ela agrega as pessoas, eleva a vibração do ambiente, traz sorrisos nas bocas e brilho nos olhares.
E entre um dó-ré-mi-fá - fáfá... lá vem a Lu, denovo... ela levanta, roda o vestidinho, e grita: "viva papai, palmaaaa" e bate palminhas. Joga beijo pra ele como se ele fosse o maior astro. Eu me pergunto o que essa figurinha de ano e meio entende.. e daí eu me respondo... essa liguagem é muito mais comunicação do que discursos, falas, ladainhas. E mais uma vez eu me lembro que é vivendo que a gente realmente serve de exemplo e ensina.
Então, palmas pro Ricardo!!!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Pertinho de Deus

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Hoje estive na chácara, aquele lugar que fica fora da vibração da ansiedade... um lugar que você poderia chamar de "ambiente típico interiorano, onde um caboclo chamado Zé cria galinhas, cuida das ovelhas e fuma seu palheiro".
Tá, mas para mim este lugar mais parece um éden. A típica imagem de paraíso, com acréscimo de elementos cênicos como patinhos, marrecos, ovelhas, passarinhos, corujinhas, árvores e muito verde.
A gente respira aquele ar cheeeeio de verde e parece que o pulmão simplesmente ressuscita! A gente deita no chão e olha para o céu, vê aquelas árvores enormes e parece que a visão ganha um super-poder. Depois de um tempo, as batidas do coração vão voltando para o ritmo normal... e dá pra sentir que tenho uma ligação profunda com tudo aquilo, que as minhas células reconhecem esse ambiente como o estado natural, o verdadeiro, a pura energia...
E o cérebro só consegue repetir um mantra: "Que bom, que bom, que bom".
Aí eu fico querendo gravar aquela cena final das ovelhinhas saindo do pasto em fila, enquanto o sol se põe em meio às árvores e deixa alguns raios dourados escaparem sobre o lago. E não consigo parar de pensar em como é lindo. Daí eu olho pro lado e... lá está a Luiza, no alto dos seus ano e meio, apontando para a cena e dizendo: "mamãe, ovela.. mééé".
Hummm, sinto que hoje eu estive bem pertinho de Deus.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Para dentro

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O que move uma pessoa a se retirar da sua vida, do seu cotidiano, da presença dos filhos e pessoas queridas para buscar um final de semana de isolamento, reflexão e silêncio?
No meu caso, o motivo foi o desejo de me reencontrar com aquela pessoa que eu sou de verdade enquanto a Rachel corre por aí atrás ou à frente das pessoas, das coisas que chamam, que urgem, que não podem esperar.
Então... Saí do meu "Mundo" e, ironicamente, o que encontrei foi o "Meu" mundo. Passei três dias refletindo, limpando, me permitindo caminhar no meu ritmo, com os passos lentos e serenos. Me permiti a entrega para mim e para o outro, a doação da minha energia, do meu olhar e da aceitação do outro. Vivi a experiência de receber em troca esse amor e aceitação. E me senti viva, plena e reabastecida. Percebi, aliviada, que a luz que buscamos está dentro e que só precisamos abrir o coração e deixá-la brilhar.
 

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