quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sobre estar viva

Estou vivendo um momento delicado. Muita mudança. Algumas perdas. Um momento daqueles em que a gente pensa: Poderia ser doloroso. Poderia ser escuro, pesado. Mas parece que a vida faz as coisas acontecerem em um ritmo que podemos dar um jeito de processar, tolerar, segurar a onda.
Meu avô, por exemplo. Segurou a onda por 40 e poucos dias depois que a vó partiu e... seguiu também o seu caminho. Então fiquei pensando no meu primo, Dani, que me falou neste dia: "Estava olhando para ele, triste, minha última despedida e, no mesmo instante, ouvi o Davi (sobrinho de 1 aninho) dar uma risada lá no fundo da igreja". Me contou que se emocionou por ver que no meio da dor, havia um bálsamo. Fiquei feliz por ele ter compartilhado comigo essa percepção. E passei algumas horas pensando nesse paradoxo, o da vida que se vai X a vida que inicia. Pode parecer piegas, mas é bom pensar que a vida sempre tem algo preparado pra gente. E que se a gente prestar atenção, junto com a dor sempre tem algo positivo, pra equilibrar as coisas.
Foto de Pedro Moreira. Título: Por sete mares.

3 comentários:

Mamis Evani disse...

Rachel, que bom ter essa percepção do todo, do grande, da vida plena.
Nada termina, tudo se perpetua, tudo se complementa.
A vida se altera, aqui e lá, lá e aqui. Uns vem, outros vão... Uns partem logo, outros demoram a partir. E nós... nós sofremos, nos sobressaltamos, nos conformamos, nos alegramos...
E a vida segue....

Aline Cabral Vaz disse...

Rachel, fico triste pela perda e feliz por conseguires encará-la do melhor jeito. Beijo e fica com Deus!

Alessandra disse...

É amiga, tu realmente me fez pensar nos paradoxos da vida. Nas vezes que desanimamos por tão pouco enquanto tantos teriam mais motivos pra desanimar e não se deixam abater. Nas inúmeras vezes que reclamamos ... a toa. Nas vezes que não enxergamos o lado positivo de tudo que acontece, que não ouvimos ... a risada lá no fundo para nos alegrar e confortar. Sim, porque nada acontece por acaso e acho que a dificuldade maior está em percebermos os "paradoxos da vida". Beijos... Ale

 

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