sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Morte, vida e mudança


Alguns fatos que aconteceram nesses dias e especialmente as reflexões que ficaram do filme Jardim Secreto e dos depoimentos do Steve Jobs me fizeram pensar. Sobre mudança. E sobre a coragem de correr o risco e de aceitar o fim como espaço para o novo...

Para mim o filme fala sobre romper a linha do estabelecido, abrir as portas para a nova atitude. Questionar o paradigma/ paradoxo de que o menino doente e tido como aleijado deve perder a chance de viver, para que possa continuar vivo.
O paradigma de que as coisas devem continuar como são, por que é assim que deve ser. Humm, quem determina isso? Quem é o senhor das decisões da nossa vida, do nosso mundo?

Quando a gente muda, tudo muda ao redor de nós. Isso é fato. Então, quem sabe temos que ser nós a tomar a iniciativa do primeiro passo.

Você já pensou que ao invés de causar um grande impacto (um grande cataclisma) ao assumirmos as rédeas e dizermos "opa, dessa vez eu quero seguir por esse caminho", pode acontecer o inverso e os "condutores" podem passar as rédeas para a gente, em reverência? E até acabarem se sentido aliviadíssimos porque finalmente estão livres do sentimento de responsabilidade a até de culpa por guiarem nosso destino?

Penso muito nisso.

Pensei muito também nessa questão de superproteção dos frágeis, quando tive que conviver com situações de doença e a decisão de até onde deve ir a precaução para evitar o risco. Até onde ela é benéfica e onde inibe a vida de fluir, com todos os riscos, mas também todas as surpresas maravilhosas que ela nos traz.

Enfim, ainda dá pra traçar um paralelo entre esse "viver o risco", aceitar a morte e o Sr. Steve Jobs. Que grande descoberta que esse homem foi para mim, agora, depois de morto. Um homem que aprendeu a ver a presença da  própria morte como uma grande oportunidade de renovação, de geração do novo. Que sabedoria, que leveza diante do seu próprio drama. A frase completa, já super-divulgada e que me marcou: "A morte é talvez a melhor invenção da vida. É o agente que faz a vida mudar. É eliminar o velho para dar espaço para o novo."

Que venha o novo!

1 comentários:

Evani disse...

As mudanças ocorrem...
De tempos em tempos nos analisamos e constatamos as mudanças em nós mesmas...Isto é natural e como é bom...
Quebrar paradigmas é que exige coragem, decisão, imposição... mas é o que pode transformar a vida...fazer a virada, talvez pode até nos salvar, nos deixar vivos, muito ativos e com as "rédeas" na mão.
Evani

 

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